A vida é uma dança contínua, com passos e compassos, em um ritmo frenético, com um único fim pré estabelecido. E de uma forma harmônica, o que hoje pode ser, amanhã pode mudar completamente. Ele que hoje está com Ela, amanhã pode não estar. E vice-versa.
No meio desta dança, estamos eu e você. Sempre numa promessa, infantil, de que um dia estaríamos juntos, finalmente juntos, até o momento em que um decidisse não fazer mais parte da vida do outro.
E isso tem sido maravilhoso, sempre acreditando e pensando, sonhando, crendo em palavras doces, profundas, das duas partes. Corações previamente machucados, carentes dos afagos, um do outro, separados somente pela incerteza do tão esperado amanhã.
Nunca te disse, mas sempre foi maravilhoso ouvir-te me chamando de palavras doces, e isso me fazia tão bem. E quando eu menos imaginei, já estava fazendo planos para algo que nem havia começado direito.
Mas a vida é dolorosa, a verdade é triste, a acordar para ela, pode ser mortal.
Não faz muito tempo que eu te disse o que pensava, sentia, achava, desejava, enfim, toda a tempestade que rodeava minha cabeça há algum tempo. Seja sobre nós, sobre eles, ou mesmo aqueles. Tudo estava tão complicado, que toda a segurança que eu sentia, se tornou em um terreno suportado em cordas bambas, prestes a cair, pelo próximo sopro forte.
Só quero que entenda… Eu gosto de você, de tudo que passamos juntos, das confidências trocadas. Adoraria dividir mais tempo contigo, separar uma gaveta, colocar um prato a mais na mesa. Mas… Eu não vivo só de sonhos e aparentemente, não há espaço para mais uma pessoa complicada na sua vida.
Aqui, neste exato momento, eu ponho um ponto e virgula, colocando em na fila de espera um ciclo que não foi finalizado. Se um dia as condições nos permitirem, tanto minhas como suas, talvez possamos continuar a escrever nossa história, novamente, desta vez de forma certa e mais concreta.
Até lá espero de bom grado, ao menos ser teu amigo, se me permitir…