Quando se fecha um ciclo na vida, sempre há espólios e destroços. Mesmo que o ciclo tenha findado de forma positiva ou negativa, sempre há estas sobras. Isso é natural e involuntário e, sempre, sempre, carregamos para o próximo ciclo.
Os espólios são as lembranças, os saudosismos e as memórias doces, e são elas que nos dizem o que gostamos ou não. Já os destroços são as más lembranças, as brigas, discussões, coisas que nos fazem ver o que não queremos que se repita novamente.
A parte triste disso tudo é lembrar de situações ruins, geralmente ligadas às brigas e discussões. Inicialmente sempre será algo que lembraremos de forma triste. Mas passa, e quando passa, aquela sensação triste vira apenas saudosismo, nos mostra onde erramos e o que podemos fazer diferente. E no fim, vemos que é apenas uma lembrança doce que nos fortalece para o futuro.
A parte boa é lembrar situações que realmente valeram a pena. Infelizmente, quando o ciclo termina, inicialmente sentimos aquele vazio imenso no peito, como se faltasse algo. E estas são aquelas que sempre serão lembradas com saudosismo, nos mostrando o que gostamos e o que podemos repetir futuramente.
O passo seguinte é tentar esquecer um pouco desses espólios e destroços. E para isso temos de nos redescobrir. Testar nossos gostos, conhecer novas situações, experimentar novas experiências, reaprender a viver.
É difícil, é triste, é penoso, mas no fim sempre há aquela leve sensação de orgulho de saber mais sobre si mesmo, e aquele gosto doce de sentir que está vivo novamente.