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Na Mira…

Posted on 26 de junho de 20164 de junho de 2020 by Alec Reidy

À pedidos de alguns amigos íntimos, resolvi fazer algo no meu aniversário, apenas para não passar em branco. E o local escolhido, foi o Gracia Bar, uma descoberta valiosa aleatória enquanto eu procurava algo para comer.

Marcado na sexta passada, as 22h, com apenas três ou quatro amigos, aqueles com mais intimidade e que, diga-se de passagem, não via há alguns anos.

E eis que as 19h eu já estava na casa, junto da idealizadora da noite, minha amiga quase irmã A, com quem eu dividia uma garrafa de Cabernet em um diálogo colegial.

E no meio da conversa, percebi uma jovem na faixa dos seus 23-25 anos me observando. Cabelos longos castanho claros, olhos verdes, mais ou menos da minha altura, fofinha sem exageros e um lindo sorriso. E eu apenas retribuía o olhar, discretamente.

Em determinado momento, enquanto ela conversava com seus amigos, se virou em minha direção e com nossos olhares cruzados, naquele olhar 47, disse em alto e bom som, empurrando dois amigos para o lado:

– Eu já disse que só gosto de japas!

Surpreso, engasguei com o vinho que bebia na hora. Senti meu rosto inteiro passar do branco para o roxo, enquanto essa minha amiga caia na risada. Ao longe, a garota ria suavemente, se deliciando com o sabor do impacto presente em minha reação.

O tempo foi passando e ambos apenas observavam um ao outro. Olhares distantes e provocativos com leves mordiscadas à beira da taça que ela bebia, enquanto eu disfarçava minha falta de graça ao ver tantas investidas. Ou ao menos tentava.

E foi quando eu me desliguei por dois minutos para ir ao toalete, que ela veio falar comigo. Enquanto subia a escala, me puxou pelo braço e me roubou um beijo. Depois colocou seu telefone no bolso de minha camisa e sussurrou docemente em meus ouvidos.

– A direta foi pra você meso. Ver você ficar sem graça é delicioso, assim como seu beijo. Me ligue esta semana e eu serei seu presente de aniversário.

Sem reação, demorei alguns segundos para me recompor enquanto a observava descer as escadas. E acabei voltando para a mesa sem nem mesmo ter usado o toalete.

Ao fim da noite, me despedi dos amigos e lá estava ela observando. Sorri, peguei um guardanapo da casa, anotei algo e deixei sobre uma mesa, saindo em seguida. E enquanto aguardava meu Uber, a vi lendo o que havia escrito.

– Meu telefone é XXXXX-XXXX. Irei para o Hotel Ibis. Chegarei em 20 minutos.

E ela veio. E o desfecho dessa noite ficará para a próxima.

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Alec Reidy

Olhos puxados, pai, geminiano, rumo aos quarenta, designer, programado, degustador de balas de goma, guia gastronômico de bobeiras e gordices…

Detalhista, insano surreal, facilmente complicado, constantemente inconstante, dependente químico de capuccino e trabalho, cheio de qualidades, defeitos, conflitos e neuras.

Seja um cumplice, leia e faça parte, vivencie, sinta, reflita, viage… Ou apenas curta. E se puder, deixe a sua marca.

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