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Mensagem Pra Você

Posted on 15 de março de 20174 de junho de 2020 by Alec Reidy

E foi assim que tudo aconteceu…

Pleno caos político hoje na cidade de São Paulo. De um lado, profissionais do transporte reclamando direitos e reajustes. Do outro, empresas de ônibus e metroviários com suas contra-propostas. O resultado? Greve geral, um abalo à cidade e diversas pessoas sem trabalhar.

Exclusivamente no meu caso, e acredito que para todos os outros funcionários de TI da cidade, isso não muda em nada nossa rotina. Simplesmente porque temos a “mordomia” e “facilidade” de trabalharmos de qualquer lugar, desde que exista internet, café e, porque não, música.

Ao fim da tarde eu já estava em pleno desespero de abstinência de ar da rua. Queria sair de qualquer jeito, nem que fosse para ir à esquina comprar cigarros. Infelizmente, minha conta bancária apenas dizia você está de castigo. E lá vamos nós à mais uma noite comum e sem graça, da vida insossa de Alec. E, inesperadamente uma mensagem da Dona Pimenta chega.

Mensagem respondida, o primeiro pensamento foi “ela deve ter se enganado”. E novamente fui surpreendido por outra mensagem. Quando dei por mim, vi que uma conversa gostosa acontecia e… Ainda atônito, sentia em meu peito uma mescla incoerente entre felicidade, agonia e tristeza. Um céu colorido que destonava em preto fúnebre e leves gotas de orvalho que me lembravam a solidão. E… No meio da conversa…

– Então não vou atrapalhar seu serviço. Se precisar de qualquer coisa, me chame.
– Posso chamar para um cinema?
– Parece uma boa. Mas qual cinema?
– Só parece? Desanimei.
– Tudo bem. Vamos. Mas quando e onde?
– Hoje, no Cidade São Paulo, as 22h.
– Eu ainda não recebi.
– Eu sei. Mas a pergunta foi “Posso chamar para um cinema?”.
– Cinema? Seria uma boa…
– Isso não responde minha pergunta…

– Descupe. É uma boa opção. Onde te encontro?
– Shopping. Cidade São Paulo.
– Tudo bem. Te encontro lá.
– Não vai perguntar o filme?

– Confio no seu gosto.

Minha mão tremia, o coração quase saltava pela boca. Não sabia se era certo, se era errado, e não queria pensar nas consequências. Apenas queria vê-la. O que será que o destino me reserva para hoje?

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Alec Reidy

Olhos puxados, pai, geminiano, rumo aos quarenta, designer, programado, degustador de balas de goma, guia gastronômico de bobeiras e gordices…

Detalhista, insano surreal, facilmente complicado, constantemente inconstante, dependente químico de capuccino e trabalho, cheio de qualidades, defeitos, conflitos e neuras.

Seja um cumplice, leia e faça parte, vivencie, sinta, reflita, viage… Ou apenas curta. E se puder, deixe a sua marca.

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