A vida é um palco de teatro que não admite ensaios. Por isso, cante, chore, ria, antes que as cortinas se fechem e o espetáculo termine sem aplausos.
Charles Chaplin
À sua volta, principes e princesas, acompanhados de seus reis que ali estavam para lhe presentear. E se a felicidade pode ser medida em números, hoje os números seriam os 100 convidados, os 87 presentes, os 25 amiguinhos e os 36 presentes ganhos.
A dona da festa chegava ao salão, em seu vestido de Bela Adormecida, companhada de seus pais. E entre risos e sorrisos, chega o bolo, acompanhado do coro e das palmas agitadas. O salão agora à meia luz, dava espaço para a dança leve e suave da chama da vela, sutilmente consumida pelo vislumbre das pérolas negras e gigantes da jovem princesa.
E timidamente, no ápice da canção, sua existência da chama foi sucumbida pelo movimento dos lábios da jovem princesa, que agora ria e esbanjava murmúrio de felicidades enquanto exaltadamente balançava suas palmas sobre o chantilly do bolo.
E assim foi minha noite. Uma noite de festa infantil de um parente próximo. E o meu príncipe, este sim soube aproveitar bem a noite. Olhava alegre para tudo aquilo que etava ocorrendo diante de ti. Risos, gargalhadas, balões voando, o coro, as palmas, a vela. Uma simplicidade que enaltece infinitamente a felicidade dos pequenos gigantes de amanhã.
E a maior pergunta de todas. Por que eu perdi todo esse tempo com futilidades mundanas, quando o mais precioso dos meus tesouros perambulava pela casa suplicando pela minha atenção?