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Joias

Posted on 20 de março de 20164 de junho de 2020 by Alec Reidy

Pessoas veem e vão. Pessoas com quem cruzamos, que só vimos uma vez na vida, que passamos um período junto, que vemos diariamente. Aquelas que chamamos de companheiros, com quem trabalhamos, por quem simplesmente nos apaixonamos. Que nascemos já conhecendo, com quem dividimos uma vida, que nos deu a vida. Que vemos só na morte, que simplesmente apareceu, ou desapareceu.

Em cada dobra esquina passada, ônibus perdido, metrô usado, esbarrão na multidão, cidade visitada. Em cada segundo passado, minuto respirado, instante corrido, dia vivido. Em cada restaurante, casa, trabalho, rua ou destino. Em cada lugar, em todo lugar, em qualquer lugar.

Cada uma dessas pessoas, das tantas que esbarramos e, de certa forma convivemos mesmo que apenas por segundos, deixa uma marca, que carregamos inconscientemente. Marca que o destino brinca em misturar ao tudo, e ao nada, aleatoriamente pelo mundo.

Destas, algumas marcas o tempo amadurece, dando forma, peso, cheiro, gosto e tamanho. E um dia, torna-se uma pedra, que cada um de nós coleta aos poucos, guardando em nosso baú de lembranças, chamada vida.

Mas devemos tomar cuidado. Muitas vezes, no meio dessa coleta, sem querer, coletamos pedras demais. Algumas que guardamos, algumas que são descartadas, algumas que polimos e deixamos por cima de todas as outras… E muitas que não deveriam estar em nosso baú, e só descobrimos quando é tarde demais.

Para muitos, esses perdidos, essa marca torna-se uma pedra sem valor, pesada, que acaba sendo um atraso na vida. E muitos teimam em levar consigo, seja onde for, com quem for, quando for. E aqueles que começam a enxergar o peso, só se dão conta que deveriam abrir mão destas, quando estas os puxam pra baixo, na ladeira que percorremos, chamada sucesso e satisfação.

Para outros, essa mesma marca, pode tornar-se uma joia rara, leve, transluzente, que os eleva as alturas. Joias tão raras que nos fazem flutuar, facilitando todo esse trajeto. e por mais que seja duro o caminho, nunca nos deixam de nos fazer flutuar.

E a estes chamamos de amigos, os verdadeiros amigos. Capazes de nos elevar as alturas quando merecemos, ou simplesmente nos dar um tapa na cara e retroceder um pouco quando precisamos acordar para algo que pecamos.

Eu tenho algumas joias, muitas semi-joias e diversos pesos que joguei pelo caminho. Cuidado para não coleta-los sem perceber.

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Alec Reidy

Olhos puxados, pai, geminiano, rumo aos quarenta, designer, programado, degustador de balas de goma, guia gastronômico de bobeiras e gordices…

Detalhista, insano surreal, facilmente complicado, constantemente inconstante, dependente químico de capuccino e trabalho, cheio de qualidades, defeitos, conflitos e neuras.

Seja um cumplice, leia e faça parte, vivencie, sinta, reflita, viage… Ou apenas curta. E se puder, deixe a sua marca.

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