Amélia, 14 anos, filha de pais ricos. Sorriso de menina, corpo de mulher formada e um sorriso fantástico que atiçava qualquer libido dos mais adultos homens que encontrasse. Gostava de brincar de sedução, dar chances, pistas, criar o momento e escapar no último segundo.
Em um certo dia de verão, um parque veio ao seu bairro e ela foi junto de seus colegas. Por um mero acaso do destino, conheceu Orlando, um parente distante de alguém da escola, já com seus 18 anos, estudante de engenharia no interior. Um rapaz de família, segundo os conhecidos.
Não foi difícil começar os jogos. Eram sorrisos, aproximações maiores e a vontade do algo a mais na face do rapaz surgindo mais claramente à cada investida. E no último instante, como sempre, ela virava o rosto e puxava algum assunto desconexo. Até que, em determinado momento, para surpresa de Amélia, ele virou o rosto e, assim como ela, começou um assunto completamente fora de contexto.
Frustada e sem entender a situação, ela apenas foi tentando, investindo, se entregando um pouco mais e mais frequente. E a reação de Orlando se repetia em todas as vezes. E ela, mais e mais frustrada não conseguia digerir a informação. Até que ela o segurou pela nuca e, sem mais delongas, provocou o beijo. E foi retribuída. E ela gostou e queria mais.
Não havia mais jogos, não havia mais brincadeira. O beijo era nítido, a vontade era mútua. E a noite terminou como todo romance de verão, com os dois se entregando aos desejos carnais juvenis.
No dia seguinte, o dia começou como qualquer outro. Ela se arrumou, comeu e, foi correndo para a casa do amigo, que abrigava Orlando. E, ele já tinha partido para o interior. E ela, tentando manter seu orgulho de sedutora, apenas sorriu e fingiu que não se importava.
Três meses se passaram e veio a surpresa. Amelia estava abatida, com um sorriso singelo marcado pela tristeza da situação constrangedora. O teste de gravidez deu positivo e ela, que mal começava a vida, teria de apagar o fogo sozinha.