Oito anos atrás esta notícia me chocou.
Atenção, notícia de última hora:
Nove crianças de Waycross, sul do Estado de Geórgia (USA), planejaram assassinar sua professora, após um deles ter recebido advertência por subir na cadeiras.
Pretendiam distrair a professora, deixa-la inconsciente usando pesos de papel, e mata-la à facadas. Depois, seria feita a limpeza do local e do crime.
O plano foi descoberto depois que uma das alunas viu uma faca na mochila da colega e denunciou para um dos funcionários.
A promotoria denuncia duas meninas (nove e dez anos), que levaram a faca e o peso de papel, e um garoto (oito anos) que levou a fita adesiva. Responderão por conspiração para cometer agressão, e as duas meninas serão acusadas de levar armas para a escola.
Hoje paro e vejo o que acontece à nossa volta. E essa mesma notícia não me chocou nem um pouco. Eu, que não tenho o costume de ver televisão, acompanho as notícias pelos tweets do G1 e da Folha.
Mas me entristece pensar que estamos em um país viciado em futebol, discutindo relações sexuais sob o lençol do BBB, enquanto situações como o caso da Richthofen, do casal Nardoni e mesmo da jovem Eloá se esvai das memórias dos brasileiros.
Isso para não dizer dos crimes não mencionados de agressão à mulher, estupros, homofobias, exploração infantil, desvio da verba da saúde…
Quando foi que futebol é melhor que educação? Quando é que hospital é menos importante do que as Olimpíadas? Quando é que começamos a ver situações como essas e não nos assustamos mais? Em que momento abandonamos nossas crianças? É essa a herança que deixaremos aos nossos filhos?
Quando foi que perdemos nossa humanidade? Quando?