Após quase 11 anos juntos de alguém, este ano passo meu primeiro dia dos namorados, enfim, solteiro. Admito que o coração ainda balança pela senhorita Sandy, que teve um compromisso ontem e não pode vir me ver, ainda que não há nenhum compromisso entre nós. Mas… Por que não acreditar que possa ser mais uma peça do destino se formando rumo ao já conhecido, mas por caminhos diferentes?
Este foi o primeiro ano solteiro entre tantos. Aliás, o primeiro que eu realmente posso dizer que vivo, de certa forma, como eu já imaginava há anos atrás. E que venham outros, e mais outros, solteiro ou não. Talvez quem sabe um dia, aquela pessoa possa estar ao meu lado trilhando este caminho.
O mundo dá voltas e voltas, é cheio de escolhas e de mais caminhos ainda. Acredito que nossas escolhas, por mais tortas que pareçam para uns, podem ser as certas para outros.
E por que não dizer que no fim das contas tudo não faz parte de um aprendizado eterno, de que podemos ser mais do que fomos ontem e melhor do que esperamos ser? Por que não acreditar que amanhã pode ser um dia melhor?
Não sou uma pessoa religiosa, mas sinto que cada escolha tem um propósito. Que chamem de Deus, Buda, ou simplesmente destino. Sinto que amanhã sempre será um dia mais quente, com um sol mais amarelo. Que cada sorriso por mais simplório que seja, vale cada segundo e cada esforço.
E depois de anos, posso dizer. Amo a mim, como nunca amei. Amo meu filho. Amo meus parentes. E isso já basta, não precisa haver necessariamente uma outra pessoa para sermos felizes.
Afinal, não há pessoas incompletas, nem meia caras. Mas sim, pessoas completas, complexas, batalhando por uma vida. E que eventualmente se juntam a outra, para serem melhores e dividirem suas felicidades.
Feliz dia dos namorados. Ou no meu caso, dos possíveis bons futuros namorados.
E que venha mais um dia, mais um ano. Que venha um futuro.