Fim de semana de carnaval. Não, eu não tenho o costume de sair pelas ruas seguindo foliões, bloquinhos, sambando, marchinhas etc. Mas este ano, precisei fazer algo diferente.
Com o fim das saídas com a dona Pimenta, senti a necessidade de experimentar novos ares, algo diferente, fora do comum. Precisava evitar os mesmos lugares, não me dar ao luxo da tristeza e, de quebra, ver pessoas novas.
A oportunidade veio quando Elie me convidou para sair, em sua cidade Campinas. Ela é uma linda moça loira de profissão nobre, enfermeira.
Não disse a ela a verdade, conheço a cidade. Ou conhecia, se levar em consideração o pouco mais de uma década que não piso nela. Convite aceito, ansiedade saltando depois poros, “destino, seja carinhoso comigo”.
Marcamos de nos encontrar na rodoviária, pouco antes do por do sol. Ela se atrasou, nada incômodo, coisa básica de primeiro contato. Para minha surpresa, Elle era realmente mais bonita pessoalmente do que nas fotos, com seus cabelos loiros, a língua presa e os olhos azuis claros. Nossa, que olhos!
Fomos a um barzinho na cidade. Segundo ela, um bar rock. Decoração aconchegante, mesa ao ar livre, preços não tão abusivos. E, acho que por causa do carnaval, o som era qualquer coisa, menos rock.
Cerveja, refrigerante, petiscos, um bom papo, um jeito completamente desbocado e irreverente. Tatoos, muitas tatoos, risadas sarcásticas da própria vida. Sorrisos carinhosos sobre o filho, olhos brilhantes sobre suas viagens. Realmente alguém bem diferente.
A noite chegava ao ápice, o bar perigava fechar. Tentamos um outro bar na cidade, mas o mesmo já iria fechar, e não eram bem 2h da manhã. Ficamos alguns minutos conversando, pensando no que fazer e um acabamos indo para a casa dela.
Ritmo de carnaval forçado, muita bagunça e coisas fora do comum. Algo me diz que 2017 será um ano bem diferente.